segunda-feira, novembro 08, 2004

Viagens 2003

Peniche I

Digo que é cidade

Não pela grandeza

Ou pelo título mas por aquilo

Que me parece

Deste local

Com Sol e mar

E noites com vento

Com luzes brilhando

Do outro lado do fosso.

E um forte claustrofóbico

Que amordaçou a liberdade

Anos e anos a fio.

Agora sinto o grito de revolta

Em cada gaivota que voa sobre o mar.

Peniche II

Sopra sempre um breve vento

Por vezes desagradável,

Mas quase sempre refrescante.

As pessoas riem

E eu rio com elas.

À beira-mar contemplo o sol

Mas procuro luas e estrelas

Para me embalarem o sono.

Berlengas

Lagoas azuis

E elefantes talhados em pedra tosca.

A bela Inês surge

Esculpida nas rochas

De um mar calmo

Com águas límpidas

Onde o meu reflexo

Se transfigura

Numa calmaria de Luz.